quinta-feira, 6 de junho de 2013

Especial - Dia dos namorados II

 
Palavras quentes deixam o relacionamento ainda mais interessante
  
Não é só a prática sexual que ajuda a estreitar a intimidade do casal. Falar sobre sexo e desejo também apimenta a relação, mexe com as fantasias do outro e deixa pistas de como o casal pode ampliar o repertório rumo à satisfação plena na cama.
 
Por mais que o ato tenha sido bom demais, se não houver um feedback positivo, pode ser que ele não se repita. Quem faz a constatação é a psicóloga e terapeuta sexual Arlete Gavranic. Ela que também é coordenadora do curso de pós-graduação em Terapia Sexual do ISEXP (Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática), diz que os casais precisam lembrar que sensualizar uma conversa ajuda a erotizar a relação.
 
A conversa sobre o tema não precisa acontecer somente durante o ato sexual. Pode ser um telefonema no meio do dia para falar que sente saudade de determinado carinho ou para saber o que vocês vão fazer no fim do dia”, comenta.


 
Além de aumentar a intimidade, as conversas estimulam o outro a pensar sobre sexo e consequentemente, o desejo sexual. “Não dá para deitar na cama e esperar que o erotismo e o desejo brotem ‘do nada’. Sexualidade se alimenta, se insinua, se faz. Assim facilitamos a excitação”, completa Dra. Arlete.
 
O casal que não dialoga perde o vínculo, não fomenta fantasias, não fala sobre o que gostaria de experimentar e deixa o relacionamento cair na rotina. Por isso, a psicóloga defende que a melhor forma de se expressar é falando coisas do tipo: adoro quando você faz assim, me pega desse jeito, me acaricia neste lugar. “Mande um torpedo dizendo que foi uma delícia e que quer repetir, enfim, sinalize para o parceiro que aquilo está sendo bom. Caso contrário, o outro fica na dúvida”.
 
Mas para os casais que não conseguem verbalizar o assunto, Dra. Arlete traz uma boa notícia: se as ideias surgirem durante o ato sexo está valendo! Até um olhar ou um sorriso facilita a relação. “A gente sabe que os homens falam pouco. Além disso, as mulheres se sentem envergonhadas e têm medo de seus parceiros as interpretarem como assanhadas e atrevidas”.
 
O que não vale é esperar que o outro adivinhe, pois essa expectativa gera frustração e facilita a rotina. Errado também é fazer dessa conversa uma lista de queixas. Então, para não haver deslizes, Dra. Arlete diz que o casal deve tocar no assunto nos momentos em que estiverem em cumplicidade.
 
Depois do sexo, naquele jantar especial que você percebe que está rolando um clima, em frente à TV, com os dois abraçados assistindo a um filme ou até mesmo indo ou voltando do trabalho. Não existe um momento certo, só não pode transformar a conversa em cobrança”, ressalta a terapeuta sexual.

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