terça-feira, 30 de abril de 2013

Escape da armadilha de se tornar refém do próprio ciúme

 
 
"Mas eu me mordo de ciúme...". Bom, quando se está envolvido emocionalmente em um relacionamento é praticamente normal haver o tão falado e temido "ciúme".
 
Mas quem tem ciúme em excesso, e não se envergonha em demonstrá-lo publicamente, acaba se tornando uma figura folclórica socialmente. De tão acostumados aos barracos e ataques de insegurança, amigos, familiares e colegas de trabalho passam a encarar as crises como triviais. Ou seja: ninguém leva a pessoa ciumenta a sério nem mesmo quando ela está coberta de razão.
 
Exemplos? Situações tensas como o amado não tirar o olho da garota da mesa ao lado no barzinho ou quando a namorada não faz nada para cortar um paquera insistente. Todo mundo teria o direito de reclamar, mas, como os muito ciumentos colecionam situações constrangedoras, qualquer indício de manifestação de insegurança é tido como exagero, chilique ou fruto de uma imaginação fértil.
 

 
Se você se identificou com esse padrão, saiba que para mudá-lo não adianta trocar de parceiro, mudar a turma de amigos ou ignorar os comentários dos parentes. Cabe a você refletir e tentar modificar não a relação com os outros, mas o modo como se relaciona com o ciúme. Mesmo porque não há como mudar a imagem sem primeiro realizar uma transformação interna. 
 
"As pessoas interpretam o que veem e não há nada fazer. Dar bronca no parceiro em público é tido como sinal de destempero. Quem não se coloca como refém do ciúme chamaria o namorado para conversar a sós, depois, e só então perguntaria o que quer saber", diz a psiquiatra e psicanalista Helena Masseo de Castro.

Para a psicanalista, quem não é ciumento talvez nem cogite a hipótese de uma traição, muito menor armaria um escândalo. "Se a pessoa apenas viu o par olhando para outra, poderia pensar que por tê-la achada bonita ou feia, por conhecê-la de algum lugar ou qualquer motivo que não necessariamente interesse", completa.
Controle seu ciúme

O ciumento precisa tentar decifrar os próprios sentimentos para aprender a controlá-los –com muito esforço e vontade de exercer o autoconhecimento ou à base de terapia, se necessário.

Segundo os especialistas, os ciúmes ocorrem em quem é inseguro e que não enxerga ou não valoriza suas qualidades.

"Para combater o próprio ciúme, assuma sua existência e trace as condições que o sucederam. Será que tem a ver com deficiência de estruturas emocionais sólidas? Ou é fruto de uma experiência ruim com traição, daí a dificuldade em estabelecer uma relação madura, baseada na confiança?", pergunta Alexandre Bez, psicólogo especializado em relacionamentos pela Universidade de Miami.

Até mesmo a história dos pais, como o fato de um dos dois sentir muito ciúme do outro, pode levar a pessoa a aprender a se relacionar de maneira possessiva.
 
Fonte: Uol

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