terça-feira, 5 de março de 2013

Pesquisa indica os segredos do casamento feliz


 
O amor é fundamental para um relacionamento duradouro e feliz, entretanto, somente isto não basta. Além do afeto, a capacidade de adaptação e o diálogo são os pontos fundamentais para quem quer viver feliz para sempre. Ao menos é o que indica a pesquisa feita pela psicóloga Mara Rossi para uma tese de mestrado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC).

A pesquisa analisou a satisfação conjugal dos brasileiros. Para isso ela usou relatos espontâneos postados por usuários de 23 a 68 anos em comunidades do Orkut. Na pesquisa, a psicóloga contabilizou o que as pessoas mencionavam como fator importante para um relacionamento amoroso satisfatório. “A invisibilidade da internet faz a pessoa ser mais honesta do que em um questionário ou entrevista pessoal”, diz. “Percebemos que elas encontram dificuldade de expressar o sentimento presencialmente, mesmo para seus parceiros”, completa.



Embora o amor seja um quesito importante nos relacionamentos atuais, ele não é suficiente para sustentar a relação. Respeito e cumplicidade também foram os mais mencionados nas comunidades sobre amor e relacionamentos. Segundo a psicóloga, mudanças de cenário como a presença das mulheres no mercado de trabalho e a igualdade de gêneros exigem mesmo um jogo de cintura maior para que um casal permaneça junto. “Há alguns anos a satisfação conjugal estava ligada ao homem prover e ser bom companheiro dentro de casa. Não é mais assim”, diz.

A falta de diálogo foi o principal fator apontado em relatos de relacionamentos que não deram certo, confirmando uma tendência já conhecida. “Isso também aparece em outras pesquisas e é o que pega nas relações desfeitas”, diz ela, que aponta reclamações dos usuários como “ele só pensa em trabalho” ou “ele não me ouvia”. Embora sempre culpe o outro, a psicóloga lembra que a comunicação vem dos dois lados e a responsabilidade em acertar o conteúdo e a forma do que é dito é dos dois. Isso quer dizer que a relação tem que ser vista sempre como um casal, assim responsabilidade de ambos.

Se por um lado as responsabilidades compartilhadas são necessárias para a felicidade e a intimidade no casamento, elas também tornam as uniões mais efêmeras. “A demanda contemporânea aponta para uma relação democrática, na qual individualidades precisam ser valorizadas para consolidar o compromisso do casal. A família tem arranjos diferentes e consequentemente menos permanentes. Não é mais até que a morte nos separe“.

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